quarta-feira, 7 de abril de 2010

O dia da árvore


Se estendem em cada manhã de janeiro a ansiedade e o amor, meses que iniciam uma vida a beira do não planejado, mas sim do amor incontrolável. Semanas de preocupações nos atingem por todos os lados, em simples olhares vejo o futuro que escolhi, plantar uma árvore.
Plantio que começa pelas raízes de nossas existências na qual tudo é um mar de novidade e descoberta, porém os anos se passam e as aventuras ficam próximas de outra realidade. Ter coragem é o que te faz diferente. Após anos olhando para dentro de mim, vejo que ao olhar para fora tudo é novidade, é aprendizado circular, fatos e responsabilidades, compreensão necessária, a virtude de uma paciência fica mais perto e a semente da família fora iniciada. A barriga cresce junto ao planejamento interno e bem escondido, sonhar acordado é normal, olhares em bancos do trem, cotidiano. Cada olhar com uma ruga de manifesto, vidas plantadas por dificuldades e realezas, divergências econômicas não se estendem, ficam ao balanço de mais um dia de fumaça, prédios e desesperos. Me levanto com a água para regar, em um terreno novo inicio a busca do saber paternal, penso tudo o que vivi e não soube assimilar ou gritar para agradecer, terrível duelo do ego. Me vejo em alguns momentos no meio do oceano, sem narrativa para organizar, sem dinheiro para presentear. Pois bem amanha é outro dia e tenho certeza que vou conseguir. Minha árvore cresceu, mas com galhos quebrados ao longo do caminho, minha raiz continua sendo minha luz, filha.

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