A espera

Às vezes o sentimento pulsa fortemente à espera de algo, sem tempo para reagir piscamos os olhos e continuamos a escrever as linhas da vida, sem ponto final, sem regras, aguardando apenas o momento de paz, observamos à adrenalina prosperar.
A espera ajuda o homem a prosseguir e a realizar um ato, sentir um sonho, não tem como não se lembrar daquele momento de espera, o sangue sobe e tudo que está ao seu redor desaparece, some, transparente como ar este momento nos cerca e não vemos absolutamente nada, apenas queremos uma rápida saída para aquela solução.
Está na hora de não esperar mais, sofrer ou sentar com a ansiedade no canto da calçada, chegou a hora de fazer outras coisas, tentar lhe dar com a espera de forma neutra e alegre, um tempo perdido pode ser aproveitado, me espere para alcançar a linha fora do tempo...

A vida

Trabalhar de graça enfrentando um trem me faz voltar e observar as pessoas. Como sentir a época que andava pela rua vendendo anúncios, sol quente, ardente, exalava pensamentos, chances e sonhos em começar a valorizar o que realmente gostaria de fazer. O tempo passa e o agora é a risca do texto, mais um dia fico sem comer, sem dinheiro para almoçar, andando com a cabeça cheia pelo centro, vejo que não tem saída, apenas voltar e fazer, trabalhar, pois existem contas, rotinas, um futuro melhor, dar opções para minha filha, minha vida.
Em meio a esse turbilhão sem ordem penso nas convergências em uma rede social, o poder de abalar toda uma vivência, história. Cansado disso, tentando sair dessa web, as coisas parecem melhorar, consigo contar as tragédias e romances do cotidiano, um conto real para pessoas que sentem o peso da cidade e suas formas.
Cansado me vejo sem paciência para chegar e abolir os maus costumes, tratar alguém sem atenção necessária, somos programados para isso, cultura do individualismo que segue de mãos dadas com a tecnologia e consumismo. Tudo vende, menos o coração.Essa porra é um jogo, aonde quem ganha é sempre o mesmo, mesmo lúdico, mesmo bobo, mesmo rei, mesmo ganancioso. A história da vida ideal não é simples e muito menos necessita de dinheiro, este que suga a alma das pessoas, sem crédito para comer, sem crédito para se sentir mais bonita fazendo a unha, sem crédito para se expressar.
Mundo aonde você vive para o outro, sempre pensando na crítica alheia, interesse por tudo e todos, espionagem cerebral, vizinha que escuta e fala mal, câmeras nas ruas, paradigma contínuo. Encerro falando baixo que todas as pessoas precisam ser mais elas, mudar para o bem, como um sentimento de criança, bom, foda-se para o negativo.

Tempestade

Em tempestades o coração costuma se esconder
Rasga caminhos e labirintos
Sem dúvida a procura de algum apego
Joga na cara e apela para o mesmo
Sempre
Secos e ríspidos dizeres
Espaço físico pequeno
Peito,coração e alma
Ar de compaixão
Oxigênio de rancor
Natureza selvagem
Agora sinto e vejo os clarões
Fugir
Minha barriga abre um buraco
Vazio, fome e sede de mudar
Limite de visão
Eterna paixão por tempestades...

Implacável

Dias difíceis
Que passam em instantes

Complicados
Rápido and duros
Neutro more lento
Manter um laço
Dois nós
Três atos
Quatro equilíbrios
Tornam-se
Desafios
Segundos
Tempos
Perdidos
Ganhar se torna uma duas três
Buscas
Infinitas
De poder
Paciência
Natureza
Tudo e mais um pouco
Boa batalha
Contra esse vento implacável.

Estático

Força em um suspiro pela manhã, logo agora, correndo e suando em diversos caminhos. Em nosso dia-dia observamos o que estamos condicionados a ver, para ver um lado diferente, um lado B, precisamos nos encontrar e lutar contra a força estática.
O sentimento de perda acompanha calçadas velhas, e isso alcança o estado imovel, infelizmente todos os dias você pode sentir, ficar cansado e parar de lutar, significa desistir e jogar todo combustível de amor que sobra para fora, pensa que acabou? Sua vida esta apenas iniciando mais uma batalha, criando um circulo de ânimos exaltados e impacientes.
Bom dia e a falta de salário, sem café e oportunidades limitadas, boa noite para a garra, dias seguem em conflitos. Ao redor as tribos crescem de diversas maneiras, educações ensinadas pelas faixas e pedras, rua, ela que rasga de maneira obscura e clara, dias de felicidade, noites perigosas desafiam tudo, não se sabe quem domina, age por impulso e o cacique passa de camburão, lei da boa Fé, o tempo passa, as lições são fortalecidas pelas lágrimas que só você enxergou, sentiu e percebeu.
Pois hoje não se pode ficar parado, acordar é ver novas fases, o pé direito para o carma, chegou à hora de estar cara a cara com o mal e passar sobre ele, iniciar uma vida positiva, a partir da superação metas começam a fazer sentindo iniciando o ar da manhã, sem depressão, arrependimento ou tristeza, esta é a fase impulsionada pela fome de viver.
Pare e pense, o que queremos podemos, como disse um amigo sábio. Tudo isso serve para uma coisa, ainda a chance.

Hoje e ontem

Olhar para trás e ver que tudo passou, tempo e essências que possuem fases e lugares. Um pulo sem piscar, todo sentimento que rapidamente se afasta, chega através de cada época da vida. Inicio, meio e fim, regras a serem compridas, borbulha o sangue derramado, tudo bem, alguém paga 10 reais para ficar quieto. Antes do dinheiro te agarrar, ele corre atrás dos carros na avenida e o outro esta trancado no apartamento, crianças ricas e pobres, almas que buscam amor e são presas. Prisões invertidas ao longo dos anos, cadeia de educação e necessidade, solidão amarga o dia- dia. Aos 10 anos você enxerga o mundo tão grande e sem nenhuma preocupação, o único medo é pular aquele muro no final da rua. Em instantes os 18 anos invadem sua tribo e fecham olhos de seus amores mais próximos, família. O convívio com os camaradas tem prioridade e o sentimento de liberdade toca sua alma de forma agressiva. Explode e a realidade te força a correr atrás de tudo para que seu futuro se estabeleça, pequenos segundos em grandes chegadas, bem vindo ao mundo dos adultos aonde a liberdade faz amor com a responsabilidade, é o inicio da construção, o alicerce agora é a sua família, e o muro se torna o mercado de trabalho, pule e aproveite vivendo em outro mundo.

Degraus para crescer

Dormir e acordar, comer e andar, mais um dia na cidade, sustentar uma vida e educar sem ser o mesmo. Em fases percebemos que cada um possui um circulo de poder próprio e inesperadamente se vê em degraus de evolução e transição. Para alcançarmos a vitória em nossa batalha pessoal precisamos entender tudo que esta ao nosso redor e disposto a nos ajudar, vento, plantas, animais, água, sol e noite tudo que sentimos e observamos. Em simples visões enxergamos e andamos em calçadas a mercê de rotinas e pontos fracos que queremos esquecer e deixar para depois. Sempre quando recebemos criticas para respectivamente melhorarmos acusamos o nosso erro como alguma desculpa para obter a sabedoria entre os semelhantes, ser o melhor e nos diferenciar não aceitando um grupo de pessoas iguais, mas sim julgamos tudo. Significados e regras para vivermos em paz em um novo mundo serião descritos por versos asperos e de liberdade. Pensar é um ato livre, não existe restrição para cada desculpa que precisa dar em um ritmo de convívio entre ser o melhor ou pior, um simples julgamento que nos é hipnotizado pelo dinheiro e sua necessidade de sobreviver. Agonia em descobrir o poder pessoal suficiente para emergir suas próprias vontades, uma questão de agir e passar, aceitar o bárbaro para sobreviver e nunca esquecer que o seu ouro pode ser uma simples conversa.

A chama do ego

Depois de alguns gestos ele não agüentava mais o ar sujo e pesado, pediu um copo de cachaça no primeiro bar que viu em sua frente. Estava contente pelo termino do horário de trabalho. Era o seu gerente dali para frente, o dono da posição, beber normalmente era o desfeche final, comemorar até não agüentar mais, tempo reduzido para felicidade. Chegando em casa não conversava com ninguém, sua mulher, sua família, seu mundo se fechava em tão poucos segundos. O dia amanhecera e lá estava de volta, robô, mas a situação o levava para tal necessidade, falta de opção que não pegava ônibus, ia de limusine. Um belo dia decidiu questionar, mudar, gritou para si mesmo, mas logo caiu na armadilha do ego, se escondeu atrás de tudo que não queria, e o ego pegou, sim, sugou toda a energia, uma guerra entre si mesmo e apenas pensava em si, triste fim para tantos iguais. O vento derrubou em um tom só, caído foi socorrido pela mulher e a única fonte de coletivo surgiu, pensou em todos, até no próximo, viveu assim, do nada, enxergou a luz no fim do túnel, clarão que sempre aparece assim, do nada.

Do nada = família, amigos e mulher, esperança e união para prosseguir.

O apetite de ser livre

O vento rasga as espinhas retraídas em grandes metrópoles, de baixo do viaduto não se toma chuva, de cabeça baixa ele caminha sob o asfalto quente, neblina que ferve por gotas largas e pesadas. A fome de molhar a cabeça que morre de sede, sede de mostrar o que sabe. Sabedoria aplicada a cada um de nós.

Conteúdo único para cada mente pensante, novo, diferente, pois são simples as ligações, assim são formadas as soluções geniais, simplificadas em diálogos compreensíveis, pois o objetivo é esse não? Todos nós devemos passar e aceitar informações, cada reflexo do dia a dia, cada surra durante a chuva, ofícios que geram raiva, prendem o maior gesto de liberdade, o poder de sonhar com o que você acredita.

Superação a cima de qualquer barreira, a voz do seu desejo soma para um contexto verdadeiro, não acumule idéias, o mundo aceita seu pensamento.

O início do voar

Relatos do cotidiano divididos em crônicas simples e flexíveis ao seu passo, somos oque queremos, voamos para aonde desejamos, lutamos para a conquista de um sonho único e ao mesmo tempo somos obrigados a sempre dividir regras ditadas por um goldstein. Marque o seu olhar, leia para voar, o coletivo raizdamente é formado por Daniel de Almeida Nishihata e Hendi do Carmo, uma dupla que força a raiz da imagem junto a evolução textual urbana. Sem frescura, passando informação de nossas vidas para um todo, bem vindo ao mundo, velho e novo mundo se confundem a ditadores da opressão. Chega, sonhe acordado desta vez.