quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A espera




Às vezes o sentimento pulsa fortemente à espera de algo, sem tempo para reagir piscamos os olhos e continuamos a escrever as linhas da vida, sem ponto final, sem regras, aguardando apenas o momento de paz, observamos à adrenalina prosperar.
A espera ajuda o homem a prosseguir e a realizar um ato, sentir um sonho, não tem como não se lembrar daquele momento de espera, o sangue sobe e tudo que está ao seu redor desaparece, some, transparente como ar este momento nos cerca e não vemos absolutamente nada, apenas queremos uma rápida saída para aquela solução.
Está na hora de não esperar mais, sofrer ou sentar com a ansiedade no canto da calçada, chegou a hora de fazer outras coisas, tentar lhe dar com a espera de forma neutra e alegre, um tempo perdido pode ser aproveitado, me espere para alcançar a linha fora do tempo...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A vida


Trabalhar de graça enfrentando um trem me faz voltar e observar as pessoas. Como sentir a época que andava pela rua vendendo anúncios, sol quente, ardente, exalava pensamentos, chances e sonhos em começar a valorizar o que realmente gostaria de fazer. O tempo passa e o agora é a risca do texto, mais um dia fico sem comer, sem dinheiro para almoçar, andando com a cabeça cheia pelo centro, vejo que não tem saída, apenas voltar e fazer, trabalhar, pois existem contas, rotinas, um futuro melhor, dar opções para minha filha, minha vida.
Em meio a esse turbilhão sem ordem penso nas convergências em uma rede social, o poder de abalar toda uma vivência, história. Cansado disso, tentando sair dessa web, as coisas parecem melhorar, consigo contar as tragédias e romances do cotidiano, um conto real para pessoas que sentem o peso da cidade e suas formas.
Cansado me vejo sem paciência para chegar e abolir os maus costumes, tratar alguém sem atenção necessária, somos programados para isso, cultura do individualismo que segue de mãos dadas com a tecnologia e consumismo. Tudo vende, menos o coração.Essa porra é um jogo, aonde quem ganha é sempre o mesmo, mesmo lúdico, mesmo bobo, mesmo rei, mesmo ganancioso. A história da vida ideal não é simples e muito menos necessita de dinheiro, este que suga a alma das pessoas, sem crédito para comer, sem crédito para se sentir mais bonita fazendo a unha, sem crédito para se expressar.
Mundo aonde você vive para o outro, sempre pensando na crítica alheia, interesse por tudo e todos, espionagem cerebral, vizinha que escuta e fala mal, câmeras nas ruas, paradigma contínuo. Encerro falando baixo que todas as pessoas precisam ser mais elas, mudar para o bem, como um sentimento de criança, bom, foda-se para o negativo.